Emma Watson fala sobre aborto!

A eterna Hermione de Harry Potter, Emma Watson, defendeu a legalização do aborto em uma carta aberta.

Emma é uma das atrizes mais famosas e conhecidas por ser uma das feministas no mundo de Hollywood. E como tal, tem sempre opiniões fortes e explicação para cada uma delas.

E no momento, a causa é a legalização do aborto. A atriz de 29 anos falou sobre a importância que esse tema tem para todas as pessoas na carta aberta na Net-A-Porter.

Nessa carta, ela relembrou uma história sobre uma dentista que tinha 31 anos, Savita Halappanavar, e que acabou morrendo devido a um aborto séptico em 2012 após um hospital irlandês se recusar a dar fim à sua gestação. Essa tragédia gerou grande revolta e fortaleceu a campanha do aborto no país.

Nesse texto que foi direcionado à Savita, Emma disse: “Você não queria se tornar o rosto de um movimento; você queria um procedimento que salvasse sua vida. Quando a notícia da sua morte foi divulgada em 2012, o apelo urgente à ação de ativistas irlandeses reverberou em todo o mundo – revogar a oitava emenda da Constituição irlandesa. Uma vez ou outra, quando nossas comunidades locais e globais coletivamente choram uma morte trágica devido à injustiça social, nós pagamos tributo, nos mobilizamos e proclamamos: descanse no poder. Uma promessa para as que se foram e uma convocação para a sociedade, nós cantamos: nunca mais. Mas é raro que a justiça realmente prevaleça para aqueles cujas mortes simbolizam a desigualdade estrutural. Mais raro ainda é uma vitória feminista histórica que encoraja a luta pela justiça reprodutiva em todos os lugares”.

Emma evidenciou a mudança que a morte de Savita provocou na Irlanda: “Compartilhando seu luto e esperança com o mundo, sua família apoiou publicamente a campanha ‘Juntos pelo Sim’. Comemorando a revogação, seu pai expressou sua ‘gratidão ao povo da Irlanda’. Em reciprocidade, ouvi os ‘repelentes’ da Irlanda dizerem que eles têm uma grande dívida com sua família”.

E com uma incrível justificativa e agradecimento, ela terminou a carta dizendo: “Uma nota em seu memorial em Dublin dizia: ‘Quando você dormiu, muitos de nós acordamos’. Que a oitava emenda possibilitava a valorização da vida de um feto em gestação sobre uma mulher viva era um chamado para a nação. Para você, e aqueles que foram obrigados a viajar para o Reino Unido para acessar o aborto seguro e legal, a justiça foi conquistada com dificuldade. Da Argentina à Polônia, as leis restritivas ao aborto punem e colocam em risco meninas, mulheres e grávidas. Ainda assim, a lei do aborto na Irlanda do Norte antecede a lâmpada. Em sua memória e em direção à nossa libertação, continuamos a luta pela justiça reprodutiva”.

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